Nos Açores existe um universo de cerca de oito mil imigrantes, mas assistiu-se a um aumento de 30% face a dados de 2023, de acordo com a AIA.
Os Açores foram um arquipélago de emigração, de onde milhares de pessoas saíram em busca, principalmente do chamado “sonho americano”, mas hoje são uma “região atrativa” para imigrantes de 98 países, com emprego pleno e integração social.
Leoter Viegas, que preside à Associação de Imigrantes nos Açores (AIA), disse à agência Lusa que a região “consegue absorver na totalidade a comunidade imigrante que a procura para viver”.
“A esmagadora maioria destes imigrantes estão integrados no mercado de trabalho e na sociedade açoriana”, afirma o presidente da AIA, que destaca também como fator que favorece a integração o facto de se tratar de “uma região pequena, dispersa em nove ilhas”, havendo imigrantes em todas elas.
Leoter Viegas considera que outro dos fatores que contribuem para uma boa integração é os Açores “continuarem a ser uma região de emigração”, o que é relevante para a sensibilização do fenómeno, combatendo-se assim a “falta de mão-de-obra em vários setores de atividade”.
De forma acentuada nas últimas décadas do século XX, os açorianos emigraram para os Estados Unidos e Canadá, estimando-se que a comunidade açoriana atinja nestes países mais de dois milhões de pessoas, tendo saído em busca de maior qualidade de vida e do chamado “american dream” [“sonho americano”], como acontece hoje com os imigrantes que procuram a região.
Leoter Viegas adiantou que “não tem havido grandes problemas relativamente à integração dos imigrantes nos Açores”, contrariamente a casos registados no continente”.






