No mês dedicado à saúde mental há mais uma edição do evento Há Música Ao Fundo do Túnel, uma iniciativa que surgiu em 2021 com o propósito de aliar a música ao vivo à consciencialização para questões relacionadas com a saúde mental.
A ideia é aproveitar o espaço público para promover o debate sobre esta questão e, ao mesmo tempo, oferecer música ao vivo em várias estações de metro de Lisboa e do Porto e nas estações de comboios de Braga, Aveiro e Amadora.
A iniciativa é da Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental – que existe sob a tutela do Ministério da Saúde – e tem o apoio institucional do Ministério da Cultura, da Juventude e do Desporto. A ideia partiu de Pedro Mota Vargas, da Filrouge, após a experiência pandémica que não só colocou o foco no debate sobre a saúde mental como suspendeu os palcos, deixando muitos artistas sem trabalho.
“A ideia surgiu na altura da pandemia. Todos os dias víamos notícias sobre problemas relacionados com a saúde mental. Até que começámos a ver esses problemas à nossa volta, com amigos ou familiares. Por outro lado, também tínhamos os músicos parados. A ideia de usar a música como um gancho para chamar a atenção para a saúde mental surgiu desse contexto“, disse-nos Pedro Mota Vargas sobre a génese do evento.
A 5.ª edição acontece entre os dias 22 e 30 de outubro. Ao todo, são 33 showcases de projetos musicais que foram escolhidos através de uma open all que decorreu durante o mês de setembro.
Além da promoção do debate e da informação disponibilizada sobre este tipo de problemas (através de um QR Code), Mota Vargas sublinha a importância da iniciativa para proporcionar bem-estar a quem passar pelas estações mais movimentadas do país por estes dias.
“Há pessoas que passam com os headphones e acabam por tirá-los quando percebem que ali há música ao vivo. Tiram os headphones e sorriem. Isso é fantástico. A música ao vivo tem esse tipo de poder. Tem o poder de impactar as pessoas. Este ano, vamos ter frases sobre sintomas relacionados com problemas de saúde mental. É importante passar este tipo de informação às pessoas“, refere Pedro Mota Vargas.







